Open Collective
Open Collective
Loading
3 gráficos para compreender o colonialismo português
Published on May 28, 2021 by Rute Correia

Em 1962, o historiador britânico Perry Anderson escrevia: "o aspeto mais notório da colonização portuguesa na África é o uso sistemático do trabalho forçado". Anderson não se referia a um passado longínquo, mas ao que acontecia nas ex-colónias portuguesas em África naquela altura. Publicado pela primeira vez no nosso país no livro O 25 de Abril começou em África (Edições Húmus, 2019), o seu artigo Portugal e o Ultracolonialismo é um precioso documento da falsificação histórica que o regime salazarista promovia em relação à situação colonial.

De facto, muitas dessas narrativas perduram até hoje: as ideias de que o português colonizador foi mais benevolente que os restantes europeus, de que não existia racismo na ocupação portuguesa ou de que Portugal foi o primeiro país a abolir a escravatura são alguns exemplos. No nosso artigo mais recente, desmontamos alguns mitos do colonialismo nacional, recorrendo aos dados e ilustrando com gráficos a realidade desse período.
Como sempre, incluímos notas metodológicas e uma lista de referências para leituras mais aprofundadas.

Gráficos mais acessíveis e mais transparentes

Há algum tempo que queríamos melhorar os gráficos dos nossos trabalhos, sobretudo no que toca à acessibilidade. Também queríamos partilhar os dados com que trabalhamos, mesmo quando o tratamento dessa informação não envolve o desenvolvimento de código, mas o GitHub não nos parecia a ferramenta mais adequada. Mas parece que, finalmente, conseguimos resolver estas questões.

Eis as melhorias nos gráficos que produzimos para este trabalho (e nos que produziremos no futuro, yeay!):
  • estão preparados para serem legíveis por pessoas com daltonismo;
  • é possível descarregar os dados originais de cada um deles, graças a um botão incluído no rodapé;
  • são produzidos com software de código aberto;
  • serão partilhados em breve na plataforma River, para que possam ser facilmente reutilizados.

Aproveito, ainda, para relembrar que na segunda-feira regressamos aos podcasts. Se ainda não subscreveste, podes fazê-lo nas plataformas habituais, como Spotify, Apple Podcasts, Pocket Casts, Deezer e Google Podcasts. Todos os episódios também podem ser ouvidos diretamente no nosso site ou via feed RSS.

Obrigada pelo teu apoio,

Bom fim-de-semana,
Rute Correia