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"há uma torre do século treze sob meus sapatos terceiro-mundistas" - nova crónica de Gabriela do Amaral
Published on February 7, 2022 by Rute Correia

"O brasileiro, ainda no Brasil pensa, — vou pra Portugal, é a mesma língua. Eu jamais iria pra um lugar onde não falam minha língua. — Eis aí o nascimento de uma grande decepção para aqueles que ainda não descobriram. Não, nós não falamos a mesma língua."

Em há uma torre do século treze sob meus sapatos terceiro-mundistas, Gabriela do Amaral reflete sobre estranhamento e despertencimento, remetendo para a literatura como um lugar de cura.

Gabriela do Amaral nasceu em Niterói, Rio de Janeiro. É poeta e mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela Universidade do Porto (Portugal), cidade onde vive desde 2017. Tem três livros publicados: "Acidentes Tropicais” (Editora Quelônio, 2019, São Paulo), “Cloro” (Editora Flan de Tal, 2019, Portugal) e “Língua-Mãe” (2021, Fresca, Portugal). Gahbe, como gosta de ser chamada, é também mãe da pequena Matilda de 2 anos.

A sublime ilustração que acompanha o texto é de Drika Prates. Ilustradora, designer gráfica e pintora, reside em Portugal desde 2018, quando veio fazer o seu mestrado em História da Arte Contemporânea na NOVA-FCSH e participou em residências artísticas locais, como o Festival A Salto, em Elvas, e  Bienal de Coruche (2019).

Este é o segundo capítulo da nossa série de crónicas mensais, a propósito do 200º aniversário da independência do Brasil, assinada por pessoas brasileiras que vivem em Portugal. Gabriela foi uma das pessoas convidadas por Luca Argel, cronista-curador que assinou a crónica inaugural a quem, numa lógica de descentralização dos discursos e da mediação, pedimos que escolhesse três pessoas que ocupassem este espaço.  

Estamos a preparar uma página dedicada aos cronistas que agraciarão o Interruptor com o seu trabalho ao longo de 2022, mas partilhamos em primeira mão contigo o alinhamento final:

Janeiro - Luca Argel (cronista-curador)
Fevereiro - Gabriela do Amaral (escolha de Luca Argel)
Março - Alicia de Medeiros (escolha de Flavia Doria)
Abril - Dori Nigro (escolha de Luca Argel)
Maio - Hilda de Paulo (escolha de Flavia Doria e de Luca Argel, cronista curadora)
Junho - Isabelli Santiago (escolha de Flavia Doria)
Julho - Flavia Doria (cronista-curadora)
Agosto - Cecil Silveira (cronista-curador)
Setembro - Carolina Elis (escolha de Cecil Silveira)
Outubro - Érika Machado (escolha de Cecil Silveira)
Novembro - Fernanda Drummond (escolha de Cecil Silveira)
Dezembro - Tales Frey (escolha de Hilda de Paulo)

Para a semana, as reportagens regressam ao Interruptor.

Obrigada pelo teu apoio.

Um abraço e até já,
Rute Correia